sábado, 27 de fevereiro de 2010

CAFÉ BRASILEIRO


A planta do café é originá¬ria da Etiópia, mas foi a Arábia a responsável pela propagação da cultura do produto. O nome café vem da palavra árabe “qahwa”, que significa vinho. Por esse motivo, o café era conhecido como “vinho da Arábia” quando chegou à Europa no século XIV. No início, o café era conhecido apenas por suas propriedades estimulantes e a fruta era consumida fresca, sendo utilizada para alimentar e estimular os rebanhos durante viagens. Em 1000 d.C., os árabes começaram a ferver as sementes na água. Mas foi somente no século XIV que o processo de torrar os grãos foi desenvolvido, e finalmente a bebida adquiriu um aspecto mais parecido com o dos dias de hoje.
O café chegou ao Brasil em 1737, na cidade de Belém. Com condições climáticas favoráveis para o seu cultivo, o café tornou-se o produto-base da economia do país. Produzido apenas com recursos nacionais ele se tornou a primeira realização exclusivamente brasileira, e visou à produção de riquezas. Até hoje o café vem trazendo bons resultados para a economia local. O Brasil é o maior produtor e exportador do grão. Em consumo, perde só para os Estados Unidos. Em 2007, cada brasileiro bebeu, em média, 74 litros de café. Um levantamento realizado pela Área de Pesquisa da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), aponta que, no período de novembro de 2006 a outubro de 2007, o consumo interno chegou a 17,1 milhões de sacas de 60 kg, um crescimento de 4,74% em relação ao mesmo período anterior, que havia sido de 16,3 milhões de sacas.
Uma bebida considerada paixão nacional que atrai principalmente pelo seu aroma e sabor. Quem não gosta de acordar de manhã já sentindo aquele cheiro agradável de café fresquinho. Além de ser muito gostoso, o café também traz inúmeros benefícios para a saúde de quem o consome diariamente com moderação. Pesquisas mostram que ele reduz o risco de diversas doenças, como a diabetes, problemas cardíacos e a cirrose do fígado. O café também contém antioxidantes que ajudam a controlar o dano causado às células que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças, como o câncer.
Com o aumento na produção e cada vez mais pessoas aderindo ao tradicional cafezinho, a busca por servir um produto de qualidade está crescendo e ampliando o número de cafeterias no Brasil, o que transformou o ato de consumir a bebida ainda mais requintado. Foi em Meca que surgiram as primeiras cafeterias, mas elas só foram se expandir na Europa durante o século XVII. Como era época da revolução Francesa, jovens passavam tardes inteiras tomando xícaras de café e discutindo o destino das nações. Atualmente, algumas casas famosas como o Café Procope, em Paris, o Café Tortoni, em Buenos Aires, e o Café Florian, em Ve¬neza, ainda preservam o glamour da época.
Até hoje as cafeterias são locais que atraem pessoas para conversas informais e até reuniões, pelo charme e clima aconchegante que oferecem. Nem mesmo a popularização das máquinas de café expresso fez com elas saíssem de moda, prova de que o ritual do cafezinho é uma tradição que sobrevive às mudanças dos últimos tempos.
Matéria para a revista Perfil Brasil SC


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